Neste artigo, você vai entender como pedir a rescisão de multipropriedade de forma segura e eficaz, mesmo que tenha assinado o contrato sob pressão emocional. Vamos explicar quais são os seus direitos, os riscos de permanecer inerte, e como agir para rescindir o contrato sem perder todo o dinheiro pago. Se você está cansado de boletos que não fazem mais sentido e sente que caiu em um golpe legalizado, este conteúdo é para você.

Rescisão de multipropriedade: uma escolha que se transformou em peso
Você lembra daquele dia? A apresentação bonita, a conversa persuasiva, a sensação de estar fazendo algo bom para a família. Um imóvel de férias por um valor acessível, promessas de uso anual, status de proprietário… tudo parecia certo demais para recusar.
Só que, depois que passou a euforia, veio o incômodo. A dúvida. Aquele pensamento insistente: Será que eu fiz besteira?
Você nem chegou a usar o imóvel. Aliás, nem recebeu nada ainda. Mas os boletos começaram a chegar. E com eles, a ansiedade. O contrato está assinado, os pagamentos iniciaram, e agora? Você percebe que não quer mais seguir com isso — e que, no fundo, nunca quis. Foi levado pelo momento, pela pressão, por argumentos que hoje já não fazem sentido.
O problema? A sensação de estar preso a algo que sequer começou. De ter colocado dinheiro num negócio que não usa, não precisa e não faz sentido continuar.
E então vem a pergunta que não sai da sua cabeça: como pedir a rescisão de multipropriedade sem perder tudo que já paguei?
Se essa dúvida está tirando sua paz, fica aqui. Este artigo foi feito pra você — e pode ser o primeiro passo para sair dessa situação sem mais prejuízos.
O problema de tentar cancelar sozinho
Descobrir como pedir a rescisão de multipropriedade parece simples — até você começar a procurar respostas. É aí que a frustração começa. Você liga para a empresa e, em vez de orientações claras, recebe silêncio, promessas vagas ou um “vamos verificar e retornamos” que nunca se concretiza.
A verdade é que as empresas que vendem multipropriedades não facilitam esse tipo de cancelamento. E, muitas vezes, nem mencionam que a rescisão é possível.
Nesse cenário, pedir a rescisão de multipropriedade se torna uma jornada solitária e confusa. E a falta de clareza alimenta o medo. “Será que vou perder tudo que já paguei?” “Se eu parar de pagar, meu nome vai ser negativado?” “E se eles me processarem?” Essas dúvidas são comuns — e legítimas.
O sentimento de impotência aumenta porque você sequer recebeu o imóvel. Não usou, não tirou férias, não aproveitou o que foi prometido. E, mesmo assim, parece que está preso a um compromisso eterno.
O mais revoltante? Agora a construtora diz que o contrato é “irrevogável” e que você “sabia o que estava fazendo”. Mas a realidade não é tão simples. Muitas dessas vendas são construídas com base em estratégias que envolvem manipulação emocional, desinformação e omissão de riscos.
Não é à toa que milhares de brasileiros estão exatamente na mesma situação: tentando descobrir como pedir a rescisão de multipropriedade sem cair em mais uma armadilha.
E o tempo só piora tudo. A cada mês, um novo boleto. A cada dia, mais preocupação. E o medo de agir — e acabar perdendo tudo — paralisa. Mas o que muitas pessoas ainda não sabem é que a rescisão é possível. E você pode sim cancelar esse contrato, com segurança e respaldo jurídico. Mas é preciso saber como fazer.
Entender como pedir o distrato de multipropriedade com o apoio certo pode evitar dores de cabeça maiores no futuro.
O que acontece se você não pedir a rescisão de multipropriedade?
Muita gente pensa assim: “Ah, vou esperar mais um pouco… talvez eu consiga usar o imóvel.” Ou ainda: “Deixa pra lá, depois eu resolvo.” E assim o tempo passa, os boletos continuam chegando, e o problema vai crescendo, mês após mês.
O que pouca gente percebe é o custo de não agir. Continuar preso a um contrato que você não quer, que você não usa, e que só drena seu dinheiro e sua paz mental, é algo que vai corroendo aos poucos.
E quanto mais você adia a decisão de entender como pedir a rescisão de multipropriedade, maior o prejuízo.
Vamos falar sobre o que realmente acontece nesse tempo em que você espera:
Você paga. Paga taxas de manutenção, parcelas do contrato, encargos — tudo sem usufruir de nada. Você tenta contato com a empresa e não consegue respostas. Sente que está sendo ignorado. Começa a se questionar se ainda tem jeito.
É exatamente isso que muitas empresas apostam: no seu medo, na sua culpa, na sua paralisia. Elas sabem que, na dúvida, você vai preferir continuar pagando. E se depender delas, você nunca vai descobrir como pedir a rescisão de multipropriedade de forma segura.
O grande risco de não agir agora é continuar preso a um ciclo que só favorece quem vendeu o sonho — e abandonou você no pesadelo. O tempo não resolve esse tipo de situação. Pelo contrário: só piora.
Mas você não precisa continuar nesse ciclo. E o primeiro passo para sair dele é entender que existe um caminho legal, seguro e possível. Buscar orientação sobre como pedir a rescisão de multipropriedade pode ser a virada de chave que você precisa.
Como pedir a rescisão de multipropriedade de forma segura
Agora que você já entende os riscos de continuar pagando por algo que não quer, chegou a hora da pergunta principal: como pedir a rescisão de multipropriedade sem colocar tudo a perder?
A boa notícia é que o distrato é possível, mesmo quando a empresa tenta te convencer do contrário. E o melhor: com base legal. A seguir, você vai entender em quais situações a rescisão costuma ser aceita e quanto é possível recuperar, na prática.
Se você chegou até aqui, é porque está realmente buscando entender como pedir a rescisão de multipropriedade de forma correta. Acompanhe os próximos passos.
Quando é possível pedir a rescisão?
Você pode pedir o distrato de multipropriedade nos seguintes casos:
- Direito de arrependimento (até 7 dias da assinatura);
- Venda feita sob pressão emocional;
- Promessas não cumpridas sobre uso ou retorno financeiro;
- Falta de transparência sobre custos e regras do contrato;
- Impossibilidade real de uso do imóvel;
- Cobranças inesperadas e não informadas;
- Por qualquer motivo pessoal;
- Recusa da empresa em negociar.
Essas situações são reconhecidas pela justiça, e muitas vezes a empresa se recusa a negociar justamente porque sabe que você tem direito ao cancelamento.
Bom, mas vamos ao mais importante: quanto eu consigo recuperar do valor que eu já investi?
Quanto o consumidor consegue recuperar o dinheiro na rescisão de multipropriedade?
Se você está se perguntando quanto o consumidor consegue recuperar o dinheiro no distrato de multipropriedade, a resposta depende de diversos fatores — principalmente as circunstâncias da contratação, o motivo do cancelamento e o que está previsto no contrato.
A boa notícia é que, em grande parte dos casos, é possível sim reaver parte ou até mesmo a totalidade do valor pago. E isso é reconhecido tanto pelo Código de Defesa do Consumidor quanto pelas decisões recentes dos tribunais.
A seguir, você vai entender em quais situações a devolução é possível, quais os percentuais praticados e o que a Justiça tem decidido sobre isso:
1. Quando há direito de arrependimento
Se você assinou o contrato fora da sede da empresa — como em estandes de shoppings, feiras, resorts ou cafés —, tem até 7 dias corridos para desistir da compra.
Nesse caso, a devolução deve ser integral: 100% dos valores pagos, incluindo taxas, entrada e corretagem.
É o que determina o art. 49 do CDC.
Para exercer o seu direito de arrependimento, é essencial encaminhar uma notificação extrajudicial para a construtora por meio de carta com aviso de recebimento (preferencialmente), ou e-mail com confirmação de entrega.
Para te ajudar nesse procedimento, vou deixar abaixo um link pelo qual você consegue baixar um modelo editável de notificação.
Basta inserir seus dados e encaminhar!
https://docs.google.com/document/d/15kVpTt6bsjH2BZUoeHVUC2GFgxyc2s6suk7XXJB67PA/edit?usp=sharing
2. Quando há venda emocional ou propaganda enganosa
Se você foi induzido a assinar o contrato sob pressão, euforia ou omissão de informações, é possível anular a contratação por vício de consentimento.
Nesse cenário, os tribunais costumam garantir a devolução total dos valores pagos, além da suspensão das cobranças futuras.
Também pode ser pleiteada indenização por danos morais.
3. Quando a empresa descumpre o contrato (ex: atraso de obra)
Se a entrega da unidade ultrapassar o prazo previsto no contrato, mesmo com os 180 dias de carência, o consumidor pode optar pela rescisão por inadimplemento da empresa.
Nesse caso, os valores pagos devem ser devolvidos integralmente, com correção monetária e possível multa por atraso.
4. Quando o consumidor desiste por vontade própria
Mesmo sem culpa da empresa, é possível realizar a rescisão. Nesses casos, a devolução costuma variar entre 75% e 90% dos valores pagos, dependendo das cláusulas contratuais.
O Judiciário considera abusiva qualquer retenção superior a 25%, salvo se houver cláusula de patrimônio de afetação (caso em que a empresa tenta reter até 50%, o que também pode ser contestado judicialmente).
🛑 Quando o consumidor não recupera nada?
Normalmente, em nenhum cenário o consumidor deve perder 100% do valor investido, mesmo que tenha assinado cláusulas permitindo isso.
Cláusulas que estabelecem perda total do valor já pago são consideradas abusivas e podem ser anuladas judicialmente.
Perguntas frequentes sobre como pedir a rescisão de multipropriedade
Tenho que continuar pagando as parcelas ao longo do processo?
Não necessariamente. Ao ingressar com ação judicial, seu advogado pode solicitar uma liminar para suspender os pagamentos enquanto o processo estiver em andamento. Essa medida evita mais prejuízos e protege seu nome de eventual negativação.
Posso perder todo o dinheiro que já paguei?
Não. A jurisprudência reconhece que retenções integrais são abusivas. A devolução parcial é regra, podendo chegar a 75% ou mais.
Mesmo tendo usado o imóvel, posso pedir a rescisão?
Sim. O uso do imóvel não impede o cancelamento, desde que você ainda esteja pagando as parcelas para a construtora.
A empresa pode negativar meu nome?
Não. Se houver liminar ou pedido formal, a negativação é indevida e pode gerar indenização.
Quanto tempo leva o processo?
Depende, mas a liminar pode trazer alívio rápido. O distrato amigável é mais rápido, enquanto a via judicial varia conforme o caso.
Conclusão: você não precisa enfrentar isso sozinho
O sentimento de ter caído em uma armadilha contratual é angustiante — mas você não está sozinho. Saber como pedir a rescisão de multipropriedade é o primeiro passo para recuperar sua tranquilidade, seu dinheiro e o controle da situação.
Você tem direitos. E, com orientação adequada, pode exercê-los de forma segura e estratégica. Não permita que a insegurança ou a pressão da empresa te façam adiar ainda mais uma decisão que só depende de você.
Se este conteúdo fez sentido para você, considere procurar ajuda profissional especializada. Às vezes, uma simples conversa com um advogado pode mudar completamente sua perspectiva e abrir o caminho para a solução definitiva.
Seu descanso começa quando você retoma o controle.
Telefone: (21) 99687-1473
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